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CulturaData da notícia: 13 Agosto 2016
Cortejo Alegórico do Povo
Cortejo Alegórico do Povo, o Concelho apresentou-se sob a forma de tradição, arte e generosidade, através de 12 carros e milhares de horas de trabalho.
Um desfile único que valorizou, perpetuou e dignificou o nosso Concelho.
Participantes e temáticas
1. A.L. Netos- A Fonte dos Netos Além da origem do fornecimento de água nos lares do pequeno lugar, a Fonte era também um dos poucos locais de algum convívio social, enquanto uma roupa era lavada e outra ficava a corar ao sol. Um típico fontanário de roda, com as cântaras de barro e as rodilhas a funcionarem como elementos centrais.
2. A.C.R. Os Amigos e R. F. D. e Cantares S. Domingos, Lagarteira- A Uva e o Vinho Cavar, podar, atar, curar, vindimar, começar de novo. O trabalho tradicional nas vinhas e nas latadas acompanhava todos os meses do ano e, quando se provava a água-pé já a vinha pedia para ser cavada de novo.
3. Associação Os Amigos da Gaita- O Tanoeiro O trabalho que o vinho dá, bem retratado noutro carro desta exposição, exigia que fosse depois bem conservado. Para isso existia o tanoeiro, artífice de pipas e tonéis, geralmente feitos em madeira de carvalho. Conservadas em adegas frescas, as pipas duravam anos, com aros de ferro a manter as aduelas unidas.
4. A.C.R. Torre de Vale de Todos- A Mercearia da Torre Colorau, tripas, açúcar amarelo, piassaba e uma imensidão de outros produtos apenas podiam ser encontrados nas mercearias da aldeia. Como esta, na Torre, lado a lado com a taverna tradicional e o único telefone das redondezas. Um aparelho então considerado milagroso.
5. Liga de Amigos da Gramatinha- O Resineiro Pôr o ferro, a bica, o caco. Ferir a casca do pinheiro para extrair a resina, sua preciosa seiva. Num tempo em que os resineiros tendem a desaparecer dos nossos pinhais, este carro homenageia as várias etapas dessa arte que, ainda há poucos anos, tinha uma importância económica assinalável em todo o Concelho.
6. Rancho Folclórico Infantil das Serras de Ansião- A Ponte da Cal Local emblemático de Ansião, a Ponte da Cal está ligada à lenda da Rainha Santa que, nesse local, daria frequentemente esmola ao ancião que por aqui vagueava. Os banhos santos, em dois tanques existentes por baixo da ponte, fazem também parte da história desta Terra.
7. C. A. A. S. Santiago da Guarda- A Arte de Mal Dizer A crítica aos outros faz parte do quotidiano e dizer mal foi, em tempos, também uma manifestação cultural, através das pulhas e do serrar da velha. Na Quaresma ia-se à porta dos idosos (e sobretudo das idosas…) gritar impropérios sobre os mesmos. O troco era por vezes amargo, com a forquilha ou o conteúdo dos penicos a servirem de arma de arremesso.
8. A.C.R. Vale Florido- Os Produtos da nossa Terra Curtir os tremoços ou cozer o vinho são apenas alguns dos procedimentos (e produtos) transmitidos por este carro. Um resumo dos vários bens que a população do Vale Florido vem criando e cultivando, mostrados e divulgados em sacos diversos, em torno do fumeiro onde, pendurados, os enchidos vão ganhando sabor.
9. Junta de Freguesia de Avelar- O Sapateiro No tempo em que um par de sapatos era um luxo e a produção em série quase não existia, os sapateiros eram verdadeiros artistas, construindo à mão e aos pares verdadeiras peças de artesanato, resguardadas para viagens especiais ou ocasiões festivas. Associado ao sapateiro surgia outro ofício: o engraxador.
10. A.C.R.P.S. Lagoa Parada – O Ferrador O local de trabalho de um verdadeiro ferrador é transposto para o carro. O fole e a forja, mas também um tronco com cerca de 70 anos em que o animal se encaixava e imobilizava, para lhe serem colocadas as ferraduras. E claro, um burro dos autênticos, de volta da palha, enquanto lhe são aplicadas ferraduras novas.
11. Junta de Freguesia de Avelar- O Ciclo da Lã Entre o rebanho e o conforto de um casaco de lã vai um longo e cuidado processo, com as diversas etapas a serem demonstradas. Utensílios, técnicas e o resultado final são exibidos, sob a orientação do debuxador, responsável pelo funcionamento de cada unidade de transformação em tecido de qualquer matéria-prima.
12. C.S.C.R. Alvorge- O Azeite O olival é determinante na paisagem do nosso Concelho e omnipresente na freguesia de Alvorge, tal como o é o azeite na nossa gastronomia. Um processo moroso a cuidar das árvores, depois a colher o fruto e, antes do transporte para o Lagar, a tomar a merecida merenda. Um apontamento de festa, simbolizando a paga por tanto esforço.
O município de Ansião agradece a todas as pessoas e entidades que, de forma generosa e anónima, tornaram possível o Cortejo Alegórico do Povo 2016
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